sábado, 9 de janeiro de 2016

Mal te conheci, creio que foi o olhar terno, o sorriso cheio de luz que me cativou de imediato. Depois, a forma harmoniosa com que proferias as palavras, o amor que tinhas pela poesia, despertava sentimentos, inspirava, sensibilizava e encantava quem tinha o privilégio de te ouvir ler ou declamar!
Não necessitavas de elementos formais, nem métricas, nem de recursos literários, para inspirar os ouvintes (crianças ou adultos…) pois transmitias a beleza estética e sublime das palavras … abrias a porta, permitindo caminhar, navegar e sonhar!
Durante a nossa vida conhecemos várias pessoas. Pessoas que vêm e passam; pessoas que vêm e ficam e deixam para sempre a marca no sótão da nossa memória e tu, sem dúvida, pertences a esse último conjunto! Foste e serás sempre uma pessoa muito especial que deixou a chancela (ou eu não fosse de História!) em todas as atividades que realizaste na biblioteca e o teu timbre será para sempre lembrado, pois vives no nosso coração! Tudo em nós é mortal, menos o espírito!
Como amavas poesia dedico-te (dedicamos-te) este poema de Vergílio Ferreira:

“De vez em quando a eternidade sai do teu interior e a contingência
 substitui-a com o seu pânico. São os amigos e conhecidos que vão
desaparecendo e deixam um vazio irrespirável. Não é a sua “falta” que
 falta, é o desmentido de que tu não morres”.


A nossa amizade nunca expira! Até um dia…

Lígia Freitas, amigos e colegas da DDJ

6 comentários:

  1. Gostei muito da pequena homenagem que a professora fez à professora Antonieta, de onde estiver concerteza lhe terá enviado o seu sorriso.BemHaja.

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  2. Obrigada, Lígia.
    Acendeste a minha memória!
    Foi tão bom poder escutar a nossa amiga e ver os seus sorrisos....

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  3. Anónimo13/1/16

    Parabéns pela iniciativa que tiveste em prestar uma homenagem à nossa querida colega que nunca será por nós esquecida.
    Carla Lopes

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  4. Anónimo13/1/16

    Lindas e sentidas palavras sobre a nossa grande e inesquecível amiga Antonieta!
    Obrigada Ligia!
    Leonor Melo Gomes

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  5. Eu não pertenço à vossa escola, sou ,no entanto, v/ colega. Mas fui, durante 40 anos, amiga do peito da nossa Antonieta. Ninguem como ela sabia imprimir à poesia lida uma sonoridade inusitada, uma emoção e uma atitude que só lhe conhecia nas fotografias que tirava......aquela atenção primordial da criança que vê pela primeira vez as coisas...o seu sntido genesiaco da vida....Como te recordo, minha querida amiga. Hás-de ficar pra sempre no meu coração!

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  6. Esqueci-me de dizer o meu nome. É a emoção....HELENA NUNES

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